Muitos jovens aproximam-se do Movimento Integralista com uma ideia bastante equivocada a nosso respeito. É comum ouvir perguntas do gênero: “Onde compro uma bandeira?”, “onde compro uma Camisa?”, quais são os postos da Milícia?”, e outras indagações igualmente distantes da realidade.

Vou aqui desfazer confusões e ilusões.

Integralismo é a Doutrina criada pelo gênio insuperável de Plínio Salgado. O Movimento Integralista é o conjunto de Brasileiros que foram e são seguidores e continuadores das Ideias de Plínio Salgado.

Ao longo das quase nove décadas de História do Movimento Integralista, este se corporificou em diversas Organizações, desde a Acção Integralista Brasileira – antes até, pois, a Sociedade de Estudos Políticos é anterior a A.I.B. – até nossos dias.

Assim, os que pretendem ingressar no nosso Movimento julgando que estão se filiando, por exemplo, a antiga A.I.B., estão completamente errados. A Acção Integralista Brasileira foi fechada ilegalmente pelo facínora Getúlio Vargas, quando da implantação do totalitário Estado Novo, em 1937 (a A.I.B passou a atuar na clandestinidade); e, para nós, Integralistas, foi encerrada quando o Chefe Nacional Plínio Salgado devolveu o Juramento aos Integralistas, no célebre discurso de 27 de Outubro de 1946, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Aquela Organização Integralista não existe mais.

Ao longo de nossa História, inúmeras foram as Organizações Integralistas que serviram de veículos ao Ideal Integralista: A já citada Acção Integralista Brasileira, o Sigma Club, a Cruzada Juvenil da Boa Imprensa, o Auxílio às Famílias Empobrecidas, o Apollo Sport Club, o Instituto Brasileiro de Cultura, o Guanabara Football Club, o Partido de Representação Popular, os Centros Culturais e a sua Confederação, a União Operária e Camponesa do Brasil, a Organização dos Serviços de Imprensa e Propaganda, a Cruzada de Renovação Nacional, a nova Ação Integralista Brasileira, a Ação Integralista do Brasil, a Ação da Juventude Integralista, a Casa de Plínio Salgado, o Centro Cultural Plínio Salgado, o Centro de Estudos Políticos, Tecnológicos e Culturais, o Centro de Estudos e Debates Integralistas, a Frente Integralista Brasileira, e tantas outras que não mencionarei para não prolongar exageradamente o texto. Todas as Organizações que existiram, e as que existem, possuíram, e possuem, seus Estatutos, Regulamentos, Regimentos Internos, Praxes Institucionais – algumas com Rituais, uniformes, saudações, etc., e outras, não -, jornais, revistas, boletins – todos com variada periodicidade -, enfim, cada Organização era e é a adequação do Movimento à Realidade Brasileira.

Veja que tal adequação não se refere à Doutrina Integralista, que permanece invariável, mas, a parte programática e as exterioridades do Movimento. Eis um exemplo esclarecedor:

O P.R.P. – Partido de Representação Popular (1945 – 1965), nos seus primórdios utilizava os termos “populismo” e “populista” como sinônimos de Integralismo e Integralista, inclusive, em publicações oficiais, mas, tal praxe caiu em desuso com o tempo; o mesmo P.R.P. não usava o Sigma como Símbolo Oficial, mas, o Sino de Prata, que foi utilizado por dez anos, de 1945 até 1955, quando numa Convenção Nacional do Partido de Representação Popular, em Vitória (ES), a unanimidade dos Convencionais aprovou a adoção do Sigma como Símbolo Oficial do Partido. Naquela ocasião, o Chefe Nacional levantou-se e perguntou à assistência: “Vocês sabem o que significa isto?” E de todos os lados prorromperam: “Sim”, “Sabemos”, e o Chefe então respondeu: “Se sabem, que assim seja”.

Quanto à programática basta um exemplo facilmente verificável: A comparação do Programa da Acção Integralista Brasileira com o do Partido de Representação Popular.

Insisto: A adequação do Integralismo à Realidade Nacional ditou as formas institucionais que o Movimento foi adotando, não existindo, portanto, nenhuma fórmula organizacional que tenha permanecido fixa ao longo das décadas. Só a Doutrina permanece a mesma.

Os que ingressam, por exemplo, na Frente Integralista Brasileira sonhando que vão fazer parte de uma Milícia, que vão participar daqueles belos e elaborados rituais da antiga A.I.B., que vão participar de Marchas com milhares de Camisas Verdes, devem acordar, pois, a FIB não é uma Milícia e jamais o será. Aliás, Milícia é proibida por Lei e o Integralismo, exceto no Tempo das Catacumbas, sempre timbrou em atuar dentro da legalidade. A FIB não tem Rituais propriamente ditos e se vier a tê-los, até pode inspirar-se nos da antiga AIB ou de outras entidades Integralistas, mas, serão Rituais da Frente Integralista Brasileira e não de organizações já desaparecidas. A própria FIB adotou recentemente a Camisa Verde, porém, algo diferente da que se adotava nos anos 30. Mesmo no período da Acção Integralista Brasileira, a Camisa foi originalmente verde oliva e depois passou a ser verde inglês, o que demonstra mais uma vez que as Exterioridades podem e devem ser alteradas em função das circunstancias.

Enfim, que os Integralistas neófitos se compenetrem que estamos no Século XXI. Manter a Tradição do nosso Movimento é correto e necessário. Todavia, Tradição não é saudosismo. O saudosismo é querer marchar para trás, e como isto é impossível, acaba por conduzir a estagnação e esteriliza a capacidade Revolucionária do Indivíduo que o adota. O Integralismo é Revolucionário, isto é, uma permanente mudança de atitude em face dos problemas humanos, nacionais e universais, logo, incompatível com os devaneios propiciados pelo saudosismo. Não se pode ser Integralista e saudosista. O saudosista não é verdadeiramente Integralista, é apenas um Indivíduo que fantasia ser Integralista.

Companheiros, continuemos nossa Marcha Revolucionária rumo ao Sigma.

O mesmo Chefe, a mesma Ideia, a mesma Luta.

Pelo Bem do Brasil!

Anauê!

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