Foi uma longa trajetória, está que trouxe o Secretário Nacional de Educação da AIB Gustavo Barroso à Academia Brasileira de Letras, e não estou falando da distancia geográfica que separam a cidade de Fortaleza, aonde nasceu, à sede da ABL no Rio de Janeiro. Estou falando da trajetória que todo intelectual percorre até ter seu trabalho reconhecido, e que poucas vezes o reconhecimento leva chegar a esta Casa. Muitos escritores que percorrem este caminho quando chegam a este local tem sua participação beirando ao anonimato, porém não foi isso que aconteceu com Gustavo Barroso. O Secretário Nacional de Educação da AIB antes mesmo de conseguir ser eleito na Cadeira 19 em 8 de março de 1923, tentou outras quatro vezes tendo tido êxito apenas na quinta vez, vale ressaltar que Barroso foi o terceiro ocupante desta cadeira sucedendo o escritor D. Silvério Gomes Pimenta. No seu discurso de posse foi recebido pelo Acadêmico Alberto Faria, que ressaltou a presença do mais jovem membro no quadro da época, 34 anos, e sua prolífica publicação até então de 17 livros. Após ingressar na Academia Brasileira de Letras o mais novo acadêmico passou a atuar no cargo de tesoureiro da instituição que lhe valeu participar ativamente na adaptação do prédio do Petit Trianon, oferecido pelo Governo francês ao Governo brasileiro.
Gustavo Barroso também exerceu outros cargos na administração da Academia Brasileira de Letras, se destacando na presidência da Casa nas gestões de 1932/1933 e 1949/1950. João do Norte, Nautilus, Jotanne e Cláudio França foram alguns dos diversos pseudônimos que Gustavo Barroso utilizou em suas obras, infelizmente, a maior parte da sua Obra não se encontra reunida nos Livros, mas, espalhada por diversos jornais e revistas, nacionais e estrangeiros, destacando-se pelo longo período de sua colaboração, a revista Fon-Fon que contribuiu assiduamente com suas publicações. O Boletim Bandeira do Sigma recomenda a leitura de um dos maiores, se não o maior ensaio sobre a natureza e os costumes do sertão cearense, me refiro ao aclamado livro Terra do Sol de autoria do Secretário Nacional de Educação da AIB Gustavo Barroso, outras obras estas Integralistas poderiam ser recomendadas, porém para compreender a genialidade do Imortal sugiro primeiramente esta obra, já que e uma das mais famosas dos seus 128 livros.
Por Guilherme Jorge Figueira do Blog História do Partido de Representação Popular. Pesquisador e colecionador, interessado em temas que remetam a história da política nacional.
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FIGUEIRA, Guilherme Jorge. Gustavo Barroso e a Academia Brasileira de Letras. Boletim Bandeira do Sigma, ano 1, n. 6, jan. 2010.