O Congresso de Vitória foi uma força pivotante. O de Petrópolis será uma grandeza de extensão. Ante o silêncio da imprensa, que abre colunas a todas as inutilidades, o Congresso ficará mais nítido em sua simplicidade heróica. Movimento de mocidade e de força nova, sem ricos e sem diretores de “opinião pública”, o Integralismo derrubou toda a primeira série de seus inimigos e toma posição para deslocá-los dos pontos onde a inércia da liberal-democracia lhes tinha permitido ficar e fixar-se.

Imprensa que não tem redação e apenas gerência, marxistas de mentalidade hemiplégica, com função unilateral, políticos com antolhos para que vejam apenas a trilha dos programas inviáveis, sociólogos de entrevistas que só pretendeis aderir depois da vitória, independentes a preço fixo, professores de Direito a quem o Estado Burguês entrega sua mocidade para vossas experiências de tóxicos, burocratas da religião automática para quem Pio XI é menos ortodoxo que vosso vigário que não lê “Charitates Christi Compulsi”; meninos bonitos que citam Lênin afagando camisinhas de seda, banqueiros cegos, industriais surdos, guias paralíticos, gente do meu Brasil sonolento, distraído, indiferente, gozador, apático, desdenhoso, sorridente, convencido que as chuvas do dilúvio não cairão jamais, despertai para o combate e para a glória!

Sobre esse vosso braço inútil pregai a letra chamejante que vos distinguirá da manada confusa, do rebanhismo informe, da multidão incolor. Vinde para as fileiras verdes do Integralismo, trabalhar, estudar e sofrer conosco. Não deveis preparar desde já a explicação de vossa comodidade ante o arranco de nossa vitória definitiva. Ficareis marcados para sempre entre os que renegaram a Deus, à Pátria e à Família, material posto de lado, gasto antes do uso, inservível para outra coisa que não seja a adesão ruidosa para a continuidade de vossa digestão de oito lustros. Lembrai-vos que só existe no Brasil um sinal para reconhecermos os brasileiros que estão construindo uma Pátria, na perpetuidade do esforço e do sacrifício. Esse sinal é o Sigma. Brasileiro, mano, camarada, companheiros de várias e de poucas virtudes, a época passou para as vossas literaturas de artifício e de confeitaria. Estais diante de um minuto que definirá vosso pensamento. Lembrai-vos que esse é o momento da Escolha, da Coragem, do Passo Inicial, a marcha para o alto como as nossas saudações. Soltai o volante da “baratinha”, espaçai o banho de sol afrodisíaco, deixai o livrinho que o marxista pintou de ouro para a vossa ignorância, ausência de raciocínio e clareza de dedução. Vêde as ruas, as praças, as estradas de todo o Brasil, cheias de “camisas-verdes” de todas as idades da Fé. Ficareis isolados deste movimento, único em toda nossa existência política?

Nós não queremos vossa amável companhia depois que vencermos. Somos diversos. Um trapo verde não vos identificará como integralista. É preciso uma profissão de fé.

Lembrai-vos das duzentas mil vozes que ressoam pela terra da Pátria. Curvai o ouvido à grande voz esparsa e sonora que sobe de todos os recantos. Em vós, brasileiro por acaso, pousam os olhos inquietos e sofredores de Plínio Salgado, perguntando vossa resposta à pergunta que ele fez ao Brasil. Deveis saber que todos nós nos erguemos, sacrificando tudo, para segui-lo porque acompanhamos o esperado…

IN HOC SIGMA VINCES!

Lembrai-vos enquanto sois apenas neutros.

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A Offensiva”, 11/10/34, p. 2

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