Grupo de integralistas no Rio de Janeiro, em 1938. Foto: Bettmann / Bettmann Archive

Segue um trecho do ensaio “O Integralismo e os seus poetas”, de Dario de Bittencourt, em que este fala da pujante plêiade de “homens de mil” do Integralismo. Dario de Bittencourt foi jornalista, advogado, jurisconsulto, professor de Direito, escritor e poeta, tendo dirigido, entre os anos de 1920 e 1930, o jornal negro “O Exemplo”, de Porto Alegre, e sido membro da Academia Sul-Rio Grandense de Letras e Chefe Provincial da Ação Integralista Brasileira em terras gaúchas.

O Integralismo e os seus poetas

“Tão certo é que os intelectuais já estão compreendendo o sentido cultural da Revolução Integralista [1], que o Movimento do Sigma conseguiu mobilizar uma plêiade pujante de escritores, pintores, escultores, gravadores, musicistas, compositores, atores, assim como cientistas pertencentes às Academias de Letras, Sociedades de Medicina, aos Clubes de Engenharia, aos Institutos de Advogados, às Associações de Imprensa, às Sociedades Técnicas, às Associações Musicais e Teatrais, aos Centros Culturais, enfim às agremiações aliciadoras de trabalhadores do cérebro. Na Academia Brasileira de Letras, o Integralismo está representado por homens como Gustavo Barroso e o Conde de Afonso Celso e pela juventude de Ribeiro Couto. No norte [2], fúlgidas inteligências estão integradas no Movimento do Sigma, podendo-se nomear Luís da Câmara Cascudo, Mário Marroquim, Manoel Rodrigues de Melo, Prado Valadares, Hélder Câmara, Paulo Eleutério, Mário Ypiranga Monteiro e tantos outros. E o que se observa no setentrião da Pátria, verifica-se também no Sul, onde vestem a camisa-verde Belisário Pena, Mansueto Bernardi, Tasso da Silveira, Rodolfo Josetti, Augusto Frederico Schmidt, Ulisses Paranhos, Madeira de Freitas, Rocha Vaz, Vieira de Alencar, Almeida Magalhães, mais de cinquenta catedráticos e docentes das Escolas Superiores e inumeráveis oficiais do Exército e da Marinha.”

DARIO DE BITTENCOURT (“O Integralismo e os seus poetas”, in ”Enciclopédia do Integralismo”, Volume VII, Rio de Janeiro, Edições GRD, Livraria Clássica Brasileira, s/d, pp. 23-24).

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[1] Cumpre assinalar que a Revolução Integralista, de acordo com o significado etimológico e astronômico do termo “revolução”, é, antes de tudo, uma restauração, restauração esta que principia pela reconstrução do homem.

[2] Vale sublinhar que Dario de Bittencourt seguiu, neste texto, a divisão do Brasil oficial no Império e nos primeiros anos da República, segundo a qual havia apenas duas regiões em nosso País, a saber, Norte, que englobava as atuais regiões do Norte e Nordeste, e Sul, que abrangia as atuais regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

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