Ontem, dia 22 de janeiro de 2021, o tão grande quanto injustiçado homem de pensamento, de letras e de ação que foi e é Plínio Salgado completaria 126 anos de idade. Celebrando tal data, o Presidente da Associação Brasileira de Cultura (ABC), Victor Emanuel Vilela Barbuy, gravou o presente vídeo, em que procedeu à leitura comentada do seu ensaio “Plínio Salgado, Bandeirante do Brasil Profundo”. Tal trabalho se constitui em versão revista do seu artigo de mesmo nome publicado na “Revista de Geopolítica”, de Natal, Rio Grande do Norte, no segundo semestre de 2017, e que, por sua vez, não é senão a versão revista e ampliada de uma conferência que proferimos no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em 2015, por ocasião do lançamento da obra ”Existe um pensamento político brasileiro?’, Existe, sim, Raymundo Faoro: o Integralismo!: Uma nova geração analisa e interpreta o Manifesto de Outubro de 1932 de Plínio Salgado’, organizada por Gumercindo Rocha Dorea.

“Plínio Salgado, ‘esse injustiçado’, nas palavras de Pedro Paulo Filho, deixou à Pátria, ao morrer, ‘exemplo inolvidável de um dos maiores pensadores políticos brasileiros e uma herança cultural soberba”, que o elenca “entre os mais notáveis escritores do Brasil’. Como bem salientou Francisco Elías de Tejada, ‘com todos os defeitos que toda obra humana possui, e Plínio era um ser humano, a sua obra aparece majestática’ pelo muito ‘que tem de coerente, pela lógica interna que anima o seu sistema’ e, sobretudo, ‘pela magnitude do pensamento que sabe elaborar uma teoria da Tradição brasileira com traços de granítico castelo, destinado a suscitar adesões para quem queira em tempos vindouros conhecer a substância do Brasil’. Maior escritor em prosa do chamado Modernismo Brasileiro da década de 1920 e do dealbar da década de 1930 e autor da Vida de Jesus, que é, inegavelmente, a ‘joia de uma literatura’, Plínio Salgado inscreveu seu nome em letras de ouro na História Literária e Cultural do Brasil.Criador do maior movimento cívico-político tradicionalista, patriótico e nacionalista da América Lusíada e de toda a América Hispânica e um dos poucos políticos brasileiros do século XX que, no dizer de Alceu Amoroso Lima, efetivamente fizeram ‘Política com P grande’, inscreveu Plínio Salgado também seu nome, igualmente em letras de ouro, na História Política do Brasil.

Tendo inscrito o nome em letras de ouro na História Literária, Cultural e Política deste Império, esse bandeirante do Brasil Profundo que foi e é Plínio Salgado inscreveu, em uma palavra, o seu nome, em letras de ouro, na História Pátria. Havendo sido (…) no entender de Francisco Elías de Tejada, o primeiro a efetivamente compreender a Tradição do Brasil, sendo, pois, um autêntico descobridor bandeirante das essências da Terra de Santa Cruz, e tendo elaborado uma robusta teoria da Tradição Brasileira, Plínio Salgado inscreveu, do mesmo modo, o seu nome, em letras de ouro, na Tradição do Brasil.

Como evocamos na ‘orelha’ da obra ”Existe um pensamento político brasileiro?’ Existe, sim, Raymundo Faoro: o Integralismo!’, organizada por Gumercindo Rocha Dorea, ao saudar Plínio Salgado, por ocasião de uma conferência que este realizou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 3 de agosto de 1953, o Professor Heraldo Barbuy, egrégio filósofo, sociólogo e escritor paulista, examinando a obra de Plínio Salgado como escritor, pensador e homem de ação, observou que a Doutrina Pliniana se tornara, então, mais do que nunca, necessária por firmar os verdadeiros conceitos do Homem, da Sociedade e do Estado, e terminou seu discurso exaltando a tenacidade, a coerência e a capacidade de sacrifício de Plínio Salgado, sustentando seu nobre e límpido pensamento em meio às injustiças e incompreensões.

Ainda como escrevemos na ‘orelha’ do aludido livro, na hora presente, ainda muito mais do que no ano de 1953, é necessária a Doutrina Pliniana para o nosso Brasil e para todo o Mundo e a leitura do Manifesto de Outubro confirmará isto a todas as pessoas intelectualmente honestas que a fizerem.

Esperamos que a leitura deste nosso singelo artigo possa despertar no maior número possível de pessoas o interesse pela obra de Plínio Salgado, esse grande arauto e apóstolo da Fé e da Brasilidade e condestável do Brasil Integral. Estamos certos de que todas as pessoas intelectualmente honestas que conhecerem a obra desse bandeirante do Brasil Profundo perceberão que ela é muito diversa do que afirmam os seus detratores de todos os naipes.

Como escrevemos algures, os já muitos anos de calúnias, de incompreensões e de silencio não foram capazes de apagar o brilho do autor da ‘Vida de Jesus’ (1942) e de ‘O Rei dos reis’ (1946), que fulgirá sempre, magna estrela da constelação do pensamento pátrio, luzente joia da rica coroa que representa a autêntica inteligência nacional, farol magnífico a guiar a nau dos verdadeiros tradicionalistas, patriotas e nacionalistas brasileiros pelos tenebrosos mares do Império de Calibã, que é o Império da Matéria, rumo ao porto seguro do Império de Ariel, que não é outro senão o Império do Espírito.

Mais genial, pujante e vigoroso intérprete da Tradição Nacional e do Espírito do Povo brasileiro, esse assinalado bandeirante da Fé e do Império e guerreiro de Deus e da Pátria, viverá, imortal, em sua obra notabilíssima e sempre atual, em que defende a restauração do Primado do Espírito e da Tradição, a recristianização integral do Brasil e a instauração de um Estado Ético e de uma Democracia Integral, assim como viverá sua alma igualmente imortal, junto do Cristo que tanto amou. Em uma palavra, o nome de Plínio Salgado perpetuar-se-á, conforme previu Juscelino Kubitschek, ‘como um símbolo iluminando o futuro’ deste vasto Império da Terra de Santa Cruz-Brasil”.

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